terça-feira, 31 de março de 2009

O "pensamento" ambiental do Lula

Marcelo Leite
Não fosse uma contradição nos termos, a frase a seguir resume bem o "pensamento" do presidente da República sobre a questão ambiental; foi dita numa entrevista exclusiva à Rádio Jornal, de Recife:
"Eu digo todo dia o seguinte: se Juscelino Kubitschek fosse presidente da República hoje, com a quantidade de lei que nós criamos, com a quantidade de mecanismos que nós criamos, se o Juscelino resolvesse 'eu vou fazer Brasília', hoje, ele ainda não teria conseguido licença-prévia para fazer a pistazinha para descer o seu teco-teco. Porque está tudo muito difícil para fazer uma obra neste país, tudo muito difícil. Porque você tem meio ambiente nacional, meio ambiente estadual, você tem Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, você tem... é uma quantidade de gente para dar palpite que a gente termina levando muito mais tempo."
Parece que o presidente está com a questão ambiental "transversalizada" na garganta.

Disponível em: <http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br/arch2009-03-22_2009-03-28.html#2009_03-23_16_53_10-129493890-27>. Acesso em: 31 mar. 2009.

Postado por Elizabeth Santos.

domingo, 29 de março de 2009

Poluição piora qualidade de 21% dos rios do País

Segundo relatório que analisa as bacias hidrográficas, em SP cinco rios e o Alto Tietê estão em pior situação.
Lisandra Paraguassú, BRASÍLIA

O Brasil concentra 12% da água potável do mundo. Ainda assim, moradores de regiões metropolitanas convivem com rios que mal dão conta de suprir suas necessidades. Poluição e mau uso dos recursos hídricos transformaram a qualidade das águas de 21% dos rios do País. Em São Paulo, cinco rios e a Bacia do Alto Tietê estão entre os que têm a pior qualidade.
Os dados são do primeiro relatório de conjuntura dos recursos hídricos no Brasil, lançado ontem pela Agência Nacional de Águas (ANA), analisando a situação de todas as bacias hidrográficas brasileiras. De um modo geral, a qualidade das águas no País é boa - 9% foi considerada ótima e 70%, boa - com a ressalva de que boa parte dos rios do Centro-Oeste, Norte e sertão do Nordeste não foi avaliada.
Ainda assim, 7% das águas foram consideradas péssimas ou ruins e 14%, regulares. Esses rios concentram-se justamente nas áreas mais povoadas do País, caso da Bacia do Alto Tietê e das bacias do Gravataí e do Sinos, rios que abastecem a região metropolitana de Porto Alegre. "São situações reversíveis, mas o caso é que, apesar de haver algum tratamento do esgoto despejado nessas águas, não é uma prática universal. Seria necessário muito mais investimento", diz João Conejo, superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da ANA.
Atualmente, apenas 47% da população tem esgoto coletado. Desses, 53% são jogados nos rios sem qualquer tratamento, contribuindo para a poluição. As zonas metropolitanas de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e Vitória são as que estão hoje em situação mais preocupante. "No Estado de São Paulo a situação é bem razoável. Mas no caso do Tietê, por exemplo, quase não há dinheiro que consiga resolver o problema", diz Conejo.
Leia na íntegra aqui.
Postado por Elizabeth Santos.

sábado, 28 de março de 2009

28 de março & Resultados da Hora do Planeta

Hoje, 28 março de 2009 - 20:30 hs

O ano de 2009 é crucial para o futuro do planeta, pois os países precisam assinar um acordo internacional com medidas para combater o aquecimento global.Será um ano de mobilização para que os países finalmente assinem, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, na Dinamarca, um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa. No Brasil, o desmatamento das nossas florestas – principalmente Amazônia e Cerrado –, é responsável por 75% das emissões de CO2, o principal causador do aquecimento global. No entanto, as emissões de outras fontes, como agricultura, energia elétrica, entre outras, não devem ser menosprezadas dentro de um caminho de desenvolvimento limpo.

Conheça lista de cidades, empresas e organizações que aderiram a Hora do Planeta.

Disponível em: <http://www.wwf.org.br/informacoes/horadoplaneta/>. Acesso em: 28 mar. 2009.

Postado por Elizabeth Santos.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Marketing ambiental sofre com a crise

São Paulo, 23 de Março de 2009 - Em época de crise, cortar gastos é a palavra de ordem nas empresas. E quem pode sofrer primeiro os efeitos da retração são as ações relacionadas a patrocínios ou projetos similares. Com o marketing ambiental a história não é diferente. Estudo da RolandBerger Strategy Consultants mostra que 27% das corporações reduzirão a verba para tecnologia verde em 2009 e 2010 e 39% dizem que adiarão investimentos na área.
O resultado do estudo, no entanto, não é desesperador, na avaliação de alguns especialistas do setor, que esperavam um índice maior de intenção de corte nas aplicações em projetos do chamado marketing verde. O aumento da importância da atividade nessa área na estratégia das corporações pode ser a explicação.
O meio ambiente é o segundo item mais contemplado em programas de responsabilidade social das empresas. Segundo dados da Associação Brasileira dos Anunciantes (ABA), 68% das organizações afirmam fazer este tipo de investimento, atrás apenas da educação (86%), e 50% aplicam mais de R$ 2 milhões por ano em responsabilidade social.
Unidades
Mas, apesar disso, o consumidor não vê da mesma forma. Levantamento da Market Analysis mostra que apenas 12% dos clientes prestigiam companhias consideradas "responsáveis".
Segundo a pesquisa da RolandBerger Strategy Consultants, a maior parte dos investimentos em tecnologia verde vai para a gestão de água (25,3%) e de resíduos sólidos (22,2%). Algumas corporações chegam ao ponto de criarem unidades "sustentáveis". Estão nesta lista o Banco Real, com uma agência no município paulista de Cotia, e o Pão de Açúcar, com um supermercado de Indaiatuba (SP), que terá uma "cópia" este ano na capital paulista.
Em junho do ano passado, o Pão de Açúcar inaugurou o primeiro "supermercado verde" da América Latina, que demandou investimentos de R$ 7,5 milhões. "Buscamos diminuir o impacto no meio ambiente na operação e na construção ", afirma Paulo Pompilio, diretor de relações corporativas e responsabilidade socioambiental. A loja foi construída atendendo aos Leadership in Energy and Environmental Design, normas internacionais que prevêem aumentar a eficiência no uso de recursos. Estipulam também a diminuição do impacto socioambiental, com redução de 30% em energia, 35% em emissões de carbono, 30% a 50% de água e de 50% a 90% na eliminação de resíduos.
Pompilio diz que a unidade integra novas ações a outras já realizadas pelo grupo na área, como a venda das sacolas retornáveis. Ele nega que a ação tenha cunho de marketing, embora admita reflexos na marca.
Advogado da marca
Ismael Rocha Júnior, diretor de extensão e operações da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), diz que, com o marketing verde, a empresa faz com que o seu consumidor vire "advogado" da marca, pois passa a ter um conhecimento maior sobre a empresa e, além disso, traz associações positivas à marca. Ele alerta, no entanto, para o risco de as empresas se limitarem a atividades pontuais na área.
Segundo ele, companhias que fazem ações de redução de seu impacto no meio ambiente não veem a atitude como marketing, embora certamente haja retorno de imagem. "Não é à toa que existem índices, como o de sustentabilidade, da Bovespa."
Outra empresa que criou uma unidade totalmente sustentável foi o Banco Real, em 2007. O prédio foi construído na cidade de Cotia com tijolos reciclados, tinta sem solventes e assoalho e móveis de madeira certificada. "A sustentabilidade faz parte da nossa estratégia", afirma a superintendente de desenvolvimento sustentável do Grupo Santander Brasil, Linda Murasawa. Estão incluídas aí ações públicas e produtos sustentáveis, como um fundo de investimento.
Divulgação
Valdir Cimino, fundador da Associação Vive e Deixe Viver e integrante do comitê socioambiental da Associação Brasileira de Anunciantes (ABA), observa que 81% das empresas divulgam as atividades de responsabilidade social para seus públicos. E pesquisa encomendada pelo Instituto Akatu mostra que, em 2000, 24% dos consumidores prestigiavam empresas com ações de responsabilidade social, enquanto em 2007 eram apenas 12%.
"O consumidor está tomando consciência de que tem uma escolha, é um processo de aprendizagem", afirma Dorothy Roma, gerente de pesquisas e métricas do Instituto Akatu.
Thomas Kunze, sócio da Roland Berger Strategy Consultants, concorda. Para ele, o investimento no setor é reflexo do amadurecimento da consciência ambiental no Brasil. Exemplo disso, ele acrescenta, é que o índice de empresas que pretendem reduzir os investimentos em sustentabilidade para este ano e o que vem é de "apenas" 27% - em plena crise econômica.
Na Perdigão, as ações de sustentabilidade começaram em 1994, e visam a redução de impactos. Estão na lista o programa de redução do consumo de energia e água, além do menor impacto dos dejetos de suínos. Desde 2008, na unidade de Capinzal (SC) passou a ter uma estação de tratamento de água, na qual foram investidos R$ 1,5 milhão.
A Philips também tem um portfólio de produtos sustentáveis, responsável por 25% do faturamento no ano passado - a meta é chegar a 30% em 2012. "A sustentabilidade faz parte do nosso DNA", diz Marcus Nakazawa, assessor de sustentabilidade da Philips.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 8)(Neila Baldi).
Postado por Elizabeth Santos

domingo, 22 de março de 2009

Dia Mundial da Água - 22 de março!


Declaração Universal dos Direitos da Água foi publicada pela ONU - Organização das Nações Unidas - que instituiu o Dia Mundial da Água, em 22 de março de 1992.

1.-A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.
2.-A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.
3.-Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
4.-O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
5.-A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
6.-A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
7.-A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8.-A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
9.-A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10.-O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Postado por Elizabeth Santos

segunda-feira, 16 de março de 2009

A Hora do Planeta 2009

Junte-se a nós neste movimento de alerta contra o aquecimento global. A Hora do Planeta 2009 espera alcançar mais de um bilhão de pessoas em mil cidades ao redor do mundo, convidando comunidades, empresas, organizações e governos a participarem deste ato simbólico histórico pelo futuro da Terra.

No dia 28 de março, às 20h30, apague as luzes de sua sala

sábado, 14 de março de 2009

Tribunal da Água condena Brasil por más práticas

14/03/2009 - 11h05

Tribunal da Água condena Brasil por más práticas

Istambul, 14 mar (EFE).

O Governo brasileiro foi condenado hoje simbolicamente pelo Tribunal da Água, uma corte ética dentro do Fórum Mundial da Água realizado em Istambul, por más práticas relacionadas aos recursos hídricos.
O júri, presidido pela artista turca Pelin Batu, era formado pelo ex-procurador brasileiro Alexandre Camanho de Assis, pelo economista David Barkin (México), pela advogada Dilek Kurban (Turquia), pela autora Silke Helfrich (Alemanha) e pelo especialista em sustentabilidade Maurits Groen (Holanda). No caso brasileiro, foi levada ao tribunal a construção de duas represas de mais de 250 quilômetros quadrados cada no Rio Madeira, um dos principais afluentes do Rio Amazonas.
Estas represas poderiam prejudicar a vida da população indígena, alterar os ciclos fluviais e a biodiversidade, por isso o tribunal lamentou a falta de cuidado do Governo brasileiro.
O Tribunal da Água, que foi constituído em Istambul na quinta-feira passada e terminou hoje suas sessões, foi organizado pelo Tribunal Latino-Americano da Água, uma ONG costarriquenha, e pela Fundação Heinrich Böll.
O 5º Fórum Mundial da Água acontecerá em Istambul na semana que vem e pretende reunir cerca de 20 mil pessoas entre chefes de Estado e de Governo, representantes de empresas e associações, com o objetivo de discutir diferentes temas relacionados à água.
Postado por Elizabeth Santos

quinta-feira, 12 de março de 2009

Clima pode comprometer 85% da mata amazônica

12/03/2009 - 13h04

Clima pode comprometer 85% da mata amazônica

GUSTAVO FALEIROS colaboração para a Folha de S.Paulo, em Copenhague.

A Amazônia está condenada a perder no mínimo 20% de sua fisionomia original com as mudanças climáticas. O impacto pode ser ainda pior e afetar 85% da floresta se as temperaturas subirem além de 4C, comparadas com níveis pré-industriais.
Este foi o quadro sombrio apresentado pelo Centro Hadley, instituto de meteorologia do Reino Unido, durante o Congresso Científico Internacional sobre Mudanças Climáticas, em Copenhague.
Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u533508.shtml>. Acesso em: 12 mar. 2009.
Postado por Elizabeth Santos.