domingo, 11 de maio de 2008
Iniciativas para proteção ao clima
O comprometimento com o estímulo a novas tecnologias é essencial para evitar um desastroso aquecimento global
por Jeffrey Sachs
A política de tecnologia está no centro do desafio da mudança do clima. Mesmo com cortes nos desperdícios de gastos com energia, nossas tecnologias atuais não podem atender ao mesmo tempo a um declínio nas emissões de dióxido de carbono e uma economia global em expansão. Se tentarmos restringir as emissões sem um conjunto de tecnologias fundamentalmente novas acabaremos sufocando o crescimento econômico, incluindo as perspectivas de desenvolvimento de bilhões de pessoas.
Economistas falam muitas vezes como se o estabelecimento de um preço para as emissões de carbono – via permissões negociáveis ou um imposto sobre o carbono – fosse suficiente para cumprir as reduções necessárias dessas emissões. Isso não é verdade. O sistema europeu de créditos de carbono não mostrou muita capacidade de gerar pesquisas de larga escala nem de desenvolver, demonstrar e instalar tecnologias revolucionárias. Um sistema de créditos pode influenciar marginalmente as escolhas entre usinas de carvão e gás ou provocar um pouco mais de adoção de energia solar ou eólica, mas não levará a uma revisão necessária e fundamental dos sistemas de energia.
Para isso precisamos de muito mais que um preço para o carbono. Considere três tecnologias de baixa emissão potencialmente transformadoras: seqüestro e estocagem de carbono (CCS, na sigla em inglês), automóveis híbridos recarregáveis e geração concentrada de energia solar-térmica. Cada uma delas necessita de uma combinação de fatores para funcionar: mais pesquisa científica aplicada, importantes mudanças regulatórias, infra-estrutura apropriada, aceitação pública e investimentos iniciais de alto custo.
Scientific American Brasil - ed. 72 - maio 2008.
Jeffrey Sachs é diretor do Earth Institute da Universidade de Columbia (www.earth.columbia.edu).
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/iniciativas_para_a_protecao_do_clima.html>. Acesso em: 11 mai.2008.
por Jeffrey Sachs
A política de tecnologia está no centro do desafio da mudança do clima. Mesmo com cortes nos desperdícios de gastos com energia, nossas tecnologias atuais não podem atender ao mesmo tempo a um declínio nas emissões de dióxido de carbono e uma economia global em expansão. Se tentarmos restringir as emissões sem um conjunto de tecnologias fundamentalmente novas acabaremos sufocando o crescimento econômico, incluindo as perspectivas de desenvolvimento de bilhões de pessoas.
Economistas falam muitas vezes como se o estabelecimento de um preço para as emissões de carbono – via permissões negociáveis ou um imposto sobre o carbono – fosse suficiente para cumprir as reduções necessárias dessas emissões. Isso não é verdade. O sistema europeu de créditos de carbono não mostrou muita capacidade de gerar pesquisas de larga escala nem de desenvolver, demonstrar e instalar tecnologias revolucionárias. Um sistema de créditos pode influenciar marginalmente as escolhas entre usinas de carvão e gás ou provocar um pouco mais de adoção de energia solar ou eólica, mas não levará a uma revisão necessária e fundamental dos sistemas de energia.
Para isso precisamos de muito mais que um preço para o carbono. Considere três tecnologias de baixa emissão potencialmente transformadoras: seqüestro e estocagem de carbono (CCS, na sigla em inglês), automóveis híbridos recarregáveis e geração concentrada de energia solar-térmica. Cada uma delas necessita de uma combinação de fatores para funcionar: mais pesquisa científica aplicada, importantes mudanças regulatórias, infra-estrutura apropriada, aceitação pública e investimentos iniciais de alto custo.
Scientific American Brasil - ed. 72 - maio 2008.
Jeffrey Sachs é diretor do Earth Institute da Universidade de Columbia (www.earth.columbia.edu).
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/iniciativas_para_a_protecao_do_clima.html>. Acesso em: 11 mai.2008.
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domingo, 4 de maio de 2008
Semana da Ecologia e Responsabilidade Social
Fundação O Boticário
Conservação On-line
Edição 90
Uma semana para mudar o mundo A Fnac Curitiba, em parceria com a Fundação O Boticário, promoveu uma série de debates sobre temas ambientais. Um dos objetivos do evento foi provocar no público a tomada de uma atitude responsável diante dos desafios futuros do planeta.
Participantes do bate-papo “Responsabilidade Social: O que é e como praticar?”, realizado no dia 22 de abril, na Fnac Curitiba.A Fnac Curitiba, em parceria com a Fundação O Boticário, promoveu a Semana de Ecologia e Responsabilidade Social, no mês de abril. Entre os dias 22 e 25, foram realizados quatro bate-papos sobre temas ambientais. Mais do que trazer à tona o conhecimento de diversos especialistas, o evento teve como objetivo fazer pensar sobre cidadania, nossa relação com o planeta e provocar a tomada de atitude responsável diante dos desafios que temos pela frente.Um dos temas discutidos foi a importância da manutenção de áreas naturais protegidas para garantir o ciclo da vida, e para minimizar os efeitos das mudanças climáticas globais. Em “Quanto vale uma Floresta em pé?”, os palestrantes destacaram a urgência em frear o desmatamento das áreas naturais no Brasil. Também falaram sobre a importância de se valorizar os serviços ecossistêmicos providos por elas, como a produção de água e de oxigênio.Nos bate-papos “Responsabilidade Social: O que é e como praticar?”, “Filhos do Amanhã” e “Produtos e Serviços Ambientalmente Corretos”, palestrantes e o público foram unânimes em afirmar que empresas e cidadãos podem e devem fazer a sua parte para garantir a todos um meio ambiente equilibrado e um mundo mais justo.Por exemplo, as indústrias, durante a fabricação de seus produtos, podem optar por processos e matérias-primas que causem menos impacto ao meio ambiente. Porém, não basta as empresas darem opções à sociedade de produtos ecologicamente corretos. As pessoas precisam aderir a esses produtos, transformando esses conceitos e idéias em atitudes. E para que haja uma mudança efetiva de cultura/comportamento na sociedade é fundamental discutir questões ambientais também com as crianças.Leia a seguir o resumo dos debates.
Quanto vale uma Floresta em pé?
O bate-papo do dia 23, que teve como tema “Quanto vale a floresta em pé?”, contou com a presença de três convidados: Clóvis Borges, diretor da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS); o professor José Luiz de Andrade Franco, doutor em História Social e das Idéias pela Universidade de Brasília; e Maria de Lourdes Nunes, diretora executiva da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.Os convidados e o público discutiram sobre a importância da manutenção de áreas naturais protegidas para garantir o ciclo da vida, e para minimizar os efeitos das mudanças climáticas globais.Maria de Lourdes começou alertando para a desproporção entre o quanto destruímos e o quanto conservamos. Clóvis complementou destacando a urgência de esse desmatamento ser freado. “Viemos falar da proteção de áreas naturais e é o que menos temos feito efetivamente. Não estamos falando mais do futuro, pois estamos destruindo todo o passado e só temos o presente para agir”. Ambos destacaram que o modelo econômico atual não contribui para a conservação. “A perda da biodiversidade interfere, sim, nas mudanças climáticas. Agora isso está vindo à tona e não consigo entender o que ainda falta para percebermos que é fundamental protegermos a natureza”, argumentou Maria de Lourdes.Além da pressa em salvar o que ainda resta em bom estado de conservação, Clóvis destacou a importância de se valorar os serviços ecossistêmicos. “Quanto vale termos água em quantidade e qualidade? Quanto vale isso para uma cidade? Para a economia? Vale a nossa sobrevivência. Um hectare de floresta vale mais do que 1 hectare de soja!”, alertou. Para Maria de Lourdes, a conta é ainda mais complexa. “Se pensarmos que quem destrói tem lucro, seja vendendo madeira ou de outra maneira, a conta de restaurar ou de pagar pela falta de recursos naturais é de toda a sociedade. Ou seja, nós pagamos a conta de quem destruiu e obteve lucro com isso”, explicou. Segundo os dois, quem conserva deveria estar sendo valorizado por isso e um bom exemplo dessa prática vem sendo desenvolvido pela própria Fundação O Boticário, por meio do Projeto Oásis (clique aqui para saber mais).Conhecer para fazer certoUma das premissas para as atitudes ambientalmente corretas é o conhecimento de causa. Por isso, as explicações do professor José Luiz foram de grande valia para o público presente. “Antes de pensar em plantar uma árvore, é mais importante salvar áreas naturais que ainda estão bem preservadas. Mas, caso sua intenção seja mesmo reflorestar uma área, é importante saber que o ideal, e mais efetivo, é fazer isso num local que crie um corredor. Ou seja, uma área que ligue uma área natural protegida à outra”, ensinou.Segundo ele, a situação brasileira não é das melhores. “Estamos plantando cana-de-açúcar no Cerrado. O gado e o cultivo da soja que existiam nesse espaço estão indo para a Amazônia, destruir o que resta lá”. Mas apesar deste e de outros exemplos negativos, Clovis fez questão de avisar que há muitos projetos que vão contra a maré, ou seja, tentam equilibrar essa conta. “Há ótimas iniciativas, mas que precisam do apoio da sociedade. E esse apoio só é possível por meio da divulgação mais efetiva e do engajamento das pessoas a esta causa, que é de todos”, finalizou.
Responsabilidade social: compromisso para empresas e cidadãos
“Responsabilidade Social: O que é e como praticar?” foi o tema do bate-papo do dia 22, que contou com a presença de Carmem Dalla, analista de responsabilidade social do Boticário; Thiago Baise, analista de projetos do Centro de Ação Voluntária de Curitiba (CAV); e Rulian Maftum, do programa Sintonia Social da Rádio Lúmen.Rulian comentou que o tema responsabilidade social é discutido há mais de dez anos. Mas só nos últimos anos o debate sobre o assunto alcançou um público maior e acabou até virando ‘moda’ entre as empresas. “Ainda se faz confusão com o termo Responsabilidade Social”, diz. Muitas empresas que apenas cumprem a lei acham que estão fazendo responsabilidade social. Mas a responsabilidade social vai além disso. Deve estar inserida na filosofia da empresa”, diz.Segundo Carmem, no Boticário, as ações de Responsabilidade Social fazem parte da filosofia da empresa. “As nossas ações estendem-se ao público interno (colaboradores), fornecedores, franqueados e consumidores”, diz Carmem. O objetivo é criar uma rede do bem, na qual um número cada vez maior de pessoas contribua para construir uma realidade mais justa, um mundo melhor.Thiago lembrou que não só as empresas que precisam ser socialmente responsáveis. Cada pessoa tem sua parcela de responsabilidade para tornar o mundo e melhor. Ele lembra que, além de poder contribuir com outras pessoas e com organizações por meio do trabalho voluntário, cada um de nós pode ser um agente transformador na sociedade. Afinal, cada consumidor tem em suas mãos o poder de compra e, por conseqüência, o de transformação.“As empresas grandes têm poder no nosso país. Quando se mexe com o dinheiro, mexe-se com o poder. Se o consumidor questiona e não compra (e explica o porquê de não comprar), força a empresa a mudar”, complementa Carmem.
Produtos e Serviços Ambientalmente Corretos
Conservação On-line
Edição 90
Uma semana para mudar o mundo A Fnac Curitiba, em parceria com a Fundação O Boticário, promoveu uma série de debates sobre temas ambientais. Um dos objetivos do evento foi provocar no público a tomada de uma atitude responsável diante dos desafios futuros do planeta.
Participantes do bate-papo “Responsabilidade Social: O que é e como praticar?”, realizado no dia 22 de abril, na Fnac Curitiba.A Fnac Curitiba, em parceria com a Fundação O Boticário, promoveu a Semana de Ecologia e Responsabilidade Social, no mês de abril. Entre os dias 22 e 25, foram realizados quatro bate-papos sobre temas ambientais. Mais do que trazer à tona o conhecimento de diversos especialistas, o evento teve como objetivo fazer pensar sobre cidadania, nossa relação com o planeta e provocar a tomada de atitude responsável diante dos desafios que temos pela frente.Um dos temas discutidos foi a importância da manutenção de áreas naturais protegidas para garantir o ciclo da vida, e para minimizar os efeitos das mudanças climáticas globais. Em “Quanto vale uma Floresta em pé?”, os palestrantes destacaram a urgência em frear o desmatamento das áreas naturais no Brasil. Também falaram sobre a importância de se valorizar os serviços ecossistêmicos providos por elas, como a produção de água e de oxigênio.Nos bate-papos “Responsabilidade Social: O que é e como praticar?”, “Filhos do Amanhã” e “Produtos e Serviços Ambientalmente Corretos”, palestrantes e o público foram unânimes em afirmar que empresas e cidadãos podem e devem fazer a sua parte para garantir a todos um meio ambiente equilibrado e um mundo mais justo.Por exemplo, as indústrias, durante a fabricação de seus produtos, podem optar por processos e matérias-primas que causem menos impacto ao meio ambiente. Porém, não basta as empresas darem opções à sociedade de produtos ecologicamente corretos. As pessoas precisam aderir a esses produtos, transformando esses conceitos e idéias em atitudes. E para que haja uma mudança efetiva de cultura/comportamento na sociedade é fundamental discutir questões ambientais também com as crianças.Leia a seguir o resumo dos debates.
Quanto vale uma Floresta em pé?
O bate-papo do dia 23, que teve como tema “Quanto vale a floresta em pé?”, contou com a presença de três convidados: Clóvis Borges, diretor da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS); o professor José Luiz de Andrade Franco, doutor em História Social e das Idéias pela Universidade de Brasília; e Maria de Lourdes Nunes, diretora executiva da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.Os convidados e o público discutiram sobre a importância da manutenção de áreas naturais protegidas para garantir o ciclo da vida, e para minimizar os efeitos das mudanças climáticas globais.Maria de Lourdes começou alertando para a desproporção entre o quanto destruímos e o quanto conservamos. Clóvis complementou destacando a urgência de esse desmatamento ser freado. “Viemos falar da proteção de áreas naturais e é o que menos temos feito efetivamente. Não estamos falando mais do futuro, pois estamos destruindo todo o passado e só temos o presente para agir”. Ambos destacaram que o modelo econômico atual não contribui para a conservação. “A perda da biodiversidade interfere, sim, nas mudanças climáticas. Agora isso está vindo à tona e não consigo entender o que ainda falta para percebermos que é fundamental protegermos a natureza”, argumentou Maria de Lourdes.Além da pressa em salvar o que ainda resta em bom estado de conservação, Clóvis destacou a importância de se valorar os serviços ecossistêmicos. “Quanto vale termos água em quantidade e qualidade? Quanto vale isso para uma cidade? Para a economia? Vale a nossa sobrevivência. Um hectare de floresta vale mais do que 1 hectare de soja!”, alertou. Para Maria de Lourdes, a conta é ainda mais complexa. “Se pensarmos que quem destrói tem lucro, seja vendendo madeira ou de outra maneira, a conta de restaurar ou de pagar pela falta de recursos naturais é de toda a sociedade. Ou seja, nós pagamos a conta de quem destruiu e obteve lucro com isso”, explicou. Segundo os dois, quem conserva deveria estar sendo valorizado por isso e um bom exemplo dessa prática vem sendo desenvolvido pela própria Fundação O Boticário, por meio do Projeto Oásis (clique aqui para saber mais).Conhecer para fazer certoUma das premissas para as atitudes ambientalmente corretas é o conhecimento de causa. Por isso, as explicações do professor José Luiz foram de grande valia para o público presente. “Antes de pensar em plantar uma árvore, é mais importante salvar áreas naturais que ainda estão bem preservadas. Mas, caso sua intenção seja mesmo reflorestar uma área, é importante saber que o ideal, e mais efetivo, é fazer isso num local que crie um corredor. Ou seja, uma área que ligue uma área natural protegida à outra”, ensinou.Segundo ele, a situação brasileira não é das melhores. “Estamos plantando cana-de-açúcar no Cerrado. O gado e o cultivo da soja que existiam nesse espaço estão indo para a Amazônia, destruir o que resta lá”. Mas apesar deste e de outros exemplos negativos, Clovis fez questão de avisar que há muitos projetos que vão contra a maré, ou seja, tentam equilibrar essa conta. “Há ótimas iniciativas, mas que precisam do apoio da sociedade. E esse apoio só é possível por meio da divulgação mais efetiva e do engajamento das pessoas a esta causa, que é de todos”, finalizou.
Responsabilidade social: compromisso para empresas e cidadãos
“Responsabilidade Social: O que é e como praticar?” foi o tema do bate-papo do dia 22, que contou com a presença de Carmem Dalla, analista de responsabilidade social do Boticário; Thiago Baise, analista de projetos do Centro de Ação Voluntária de Curitiba (CAV); e Rulian Maftum, do programa Sintonia Social da Rádio Lúmen.Rulian comentou que o tema responsabilidade social é discutido há mais de dez anos. Mas só nos últimos anos o debate sobre o assunto alcançou um público maior e acabou até virando ‘moda’ entre as empresas. “Ainda se faz confusão com o termo Responsabilidade Social”, diz. Muitas empresas que apenas cumprem a lei acham que estão fazendo responsabilidade social. Mas a responsabilidade social vai além disso. Deve estar inserida na filosofia da empresa”, diz.Segundo Carmem, no Boticário, as ações de Responsabilidade Social fazem parte da filosofia da empresa. “As nossas ações estendem-se ao público interno (colaboradores), fornecedores, franqueados e consumidores”, diz Carmem. O objetivo é criar uma rede do bem, na qual um número cada vez maior de pessoas contribua para construir uma realidade mais justa, um mundo melhor.Thiago lembrou que não só as empresas que precisam ser socialmente responsáveis. Cada pessoa tem sua parcela de responsabilidade para tornar o mundo e melhor. Ele lembra que, além de poder contribuir com outras pessoas e com organizações por meio do trabalho voluntário, cada um de nós pode ser um agente transformador na sociedade. Afinal, cada consumidor tem em suas mãos o poder de compra e, por conseqüência, o de transformação.“As empresas grandes têm poder no nosso país. Quando se mexe com o dinheiro, mexe-se com o poder. Se o consumidor questiona e não compra (e explica o porquê de não comprar), força a empresa a mudar”, complementa Carmem.
Produtos e Serviços Ambientalmente Corretos
No bate-papo do dia 25 sobre “Produtos e Serviços Ambientalmente Corretos”, Aluísio de Paula, da Econtexto - Idéias Ecológicas, deu continuidade a essa opinião sobre o importante poder de transformação do consumidor. “O planeta está sendo usado indiscriminadamente. Por isso, necessitamos rever conceitos e ser conscientes em nossas compras, verificando por quem e como os produtos foram produzidos”, diz Aluísio.Para Mauricio Montoro Groke, da Antilhas Soluções e Embalagens, é importante considerar o ciclo de vida do produto para verificar se ele tem maior ou menor impacto sobre o meio ambiente. “Conhecendo os produtos podemos reduzir seus impactos e brigar por políticas públicas, como coleta seletiva. Por isso, as empresas devem esclarecer a seus clientes o que é cada produto, como será utilizado e como deverá ser seu descarte”, afirma.A Antilhas busca novidades em matéria-prima para minimizar os impactos de seus produtos no meio ambiente e indica esses opções aos seus clientes. Já a EcontextoEcontexto é especializada em produtos promocionais ecológicos. Um produto em comum fabricado pelas duas empresas é a sacola ecológica (ou sacola retornável), criada como alternativa às sacolas de plástico. Segundo Aluíso, grande parte do lixo que é produzido na Região Metropolitana de Curitiba e encaminhado para o aterro sanitário da capital paranaense é composto por sacolas plásticas, que levam centenas de anos para se decompor. “A indústria deve dar alternativas para a sociedade. Com as sacolas retornáveis, estamos vendendo mais que um produto, estamos vendando também uma idéia e incentivando o cidadão a rever suas atitudes e hábito de consumo”, diz Aluísio.
Filhos do Amanhã.
Filhos do Amanhã.
Não basta as empresas darem opções à sociedade de produtos ecologicamente corretos. As pessoas precisam aderir a esses produtos, transformando esses conceitos e idéias em atitudes. Para que, num futuro não muito distante, haja uma mudança efetiva de cultura/comportamento na sociedade é fundamental discutir questões ambientais também com as crianças.Mas, como educar ambientalmente as crianças e jovens? Essa questão foi discutida no bate-papo “Filhos do Amanhã”, realizado no dia 24, com a participação do biólogo Carlos Krieck e pela engenheira química Leane Chamma B. Przybysz.Carlos indicou que, nas escolas, a natureza não deve ser trabalhada com os alunos apenas como tema das aulas de Ciências ou Biologia. “Uma boa estratégia é fazer projetos interdisciplinares, eventos e projetos extracurriculares. O importante é haver envolvimento de todos os colaboradores. Educamos em primeiro lugar pelo exemplo. Isso é fundamental”, afirma. Outras dicas de Carlos para pais e professores são: buscar informações sobre o tema, incentivar a ida a áreas naturais, servindo de cenário para momentos de relacionamento, e fazer tudo isso com prazer, de forma divertida.As crianças e jovens, assim como os adultos, precisam compreender que cada um pode e deve fazer a sua parte para garantir a todos um meio ambiente equilibrado. Todos podem ser socialmente responsáveis, a partir de simples atitudes cotidianas, como substituir as sacolas retornáveis pelas plásticas ou economizando água ao escovar os dentes.
Disponível em: <http://internet.boticario.com.br/portal/site/fundacao/template.PAGE/menuitem.5e4e7c3e0f8fa6d9e4e25afce2008a0c/?javax.portlet.tpst=7c146ae444a89a519341d33658be0826&javax.portlet.prp_7c146ae444a89a519341d33658be0826_viewID=MY_PORTAL_VIEW&javax.portlet.begCacheTok=com.vignette.cachetoken&javax.portlet.endCacheTok=com.vignette.cachetoken&Action=MATERIA&CodMateria=b2fdc2679b389110VgnVCM1000006f04650aRCRD&Edicao=Edi%E7%E3o+90&ActionAnterior=Action=TITULO;Parametro=Edi%E7%E3o+90>.
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Acesso em: 4 mai 2008.
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